segunda-feira, 13 de maio de 2013


Formação do Povo Brasileiro



Desde 1500 o Brasil é cobiçado por diversos países, e através de invasões e imigrações o povo brasileiro acabou criando um “Mix de Culturas” que acabou gerando a nossa atual cultura.
Cerca de 15 povos influenciaram diretamente a cultura brasileira. A mistura começou em 1503, quando os franceses começaram a visitar a costa brasileira, até os dias atuais com os estadunidenses influenciando a população através dos meios de comunicação, com o cinema, televisão e a música. Cada povo tentou deixar o Brasil com a cara de seu país de origem, o que gerou uma diversidade de costumes.

Franceses

Os franceses procuram fixar-se no Brasil por, pelos menos, três séculos. Tentativas de fundação da França Antártica e da França Equinocial, implicaram em contato e miscigenação com os primeiros habitantes, fazendo com que a influência étnica e cultural dos franceses permanecesse em boa parte do país e deixasse marcas muito fortes na aparência, educação, gastronomia, artes, vocabulário e estética do nosso povo.


Judeus

Tratado de Aliança e Amizade firmado entre o Brasil e Inglaterra em 1810. O tratado assinado no momento em que a Inquisição portuguesa era desativada, permitia oficialmente a vinda de imigrantes não-católicos.
Em 1920, os judeus já compunham uma colônia imigrante significativa, aumentando ainda mais com a ascensão do nazismo na Alemanha no início dos anos 30.
Estima-se em, aproximadamente, 200 mil o número de judeus no Brasil; em São Paulo e, graças ao nível de educação desses imigrantes, ocupam hoje postos importantes na esfera governamental, empresarial, acadêmica e cultural.
As maiores influências judaicas que tivemos são: o conformismo com o destino, o saudosismo messiânico e o "pão-durismo" do mineiro.

Gregos

A presença grega no Brasil data de 1880; todavia, a colônia, que hoje conta com mais de 10 mil representantes, teve seu momento de maior trânsito para este país após a Segunda Grande Guerra. O fluxo de imigração grega se manteve até o final da década em virtude da guerra civil de 1949 que opunha direitistas e comunistas.
Impossível negar a influência cultural dos gregos em todo o ocidente, cultura que a colônia busca preservar no Instituto Ateniense de São Paulo.
Os bairros de concentração grega são: Brás, Pari e um bairro que, por volta de 1870, era um lugarejo formado por três grandes chácaras, uma delas que, com lagos e vegetação exuberante, era conhecida com Bom Retiro.
Os gregos que se fixaram em São Paulo muito contribuíram para o desenvolvimento da indústria têxtil.

Espanhóis

A presença espanhola em terras brasileiras é muito antiga, sendo um de seus representantes de grande importância para a História de São Paulo, o jesuíta José de Anchieta que em 1554 contribuiu para a fundação da cidade. 
O período de união de Portugal e Espanha entre 1580 e 1640 trouxe para o Brasil famílias que se tornariam “quatrocentonas”.
Entre as levas de imigrantes há aqueles que vieram entre o final do século XIX e 1930, para a lavoura do café, outras ondas se sucederam entre 1950 e 1964, principalmente como mão-de-obra especializada para a indústria nascente e a siderurgia.

Árabes

Seus costumes chegaram ao Brasil indiretamente, através da cultura luso-espanhola, herdeira do legado islâmico, pois a Península Ibérica foi dominada pelos mouros durante quase 700 anos; e diretamente pela transferência, da África para o nosso país, de escravos islamizados. Contribuíram com o uso do cachimbo nos rituais de candonblé, na reclusão da mulher no período colonial, nas lendas, como a "Moura Torta", nas parlendas, contos acumulativos, folguedos e na veneração do cavalo, pelo gaúcho, etc.

Indianos

Os imigrantes são basicamente de três tipos: os tratadores que acompanharam o gado importado, homens que sequer tinham sobrenome; executivos de empresas de alta tecnologia e prestadores de serviços. São os contrastes da Índia que se revelam também aqui. 
A colônia indiana na cidade de São Paulo é estimada em menos de mil pessoas, e concentra-se na região do bairro do Paraíso. 
Os indianos trouxeram para a cidade uma dimensão mágica de integração com formas de vida vegetal, animal e mineral. A maioria das esmeraldas retiradas dos garimpos brasileiros destina-se a comerciantes que vêm da Índia. Para os indianos, as esmeraldas são pedras sagradas

Ingleses

Sua influência é devida às invasões no período colonial, assim como o comércio com o Brasil. Os Ingleses nos legaram alguns termos como o "bond" que de título da dívida pública passou a designar veículo de tração animal e elétrica; trouxeram também o futebol, esporte preferido pela população.



Holandeses

Sua influência é devida às invasões no período colonial. Os Holandeses deixaram sua influência na literatura de cordel, nas blasfêmias no folclore do açúcar, em elementos de confeitaria e laticínios.
Por duas vezes os holandeses tentaram fixar residência no Brasil, na Bahia (1624 a 1625) e em Pernambuco (1630 a 1654). Fundaram fortificações, cidades, museus, centros de ciência e arte, a ponto de causar sentimentos de que seriam melhores colonizadores que os portugueses. 
Miscsigenaram-se com índios e mamelucos, mulatos e negros, influenciaram no verde dos olhos de parte dos nordestinos que vivem hoje em São Paulo. Mas a maior contribuição da colônia holandesa é no cultivo das flores. Foram eles que criaram a Holambra, um centro de cultivo, que tornou-se cidade em 31 de dezembro de 1991, cujo nome soma Holanda, América e Brasil.

Coreanos

Herdeiros da habilidade e concentração, fundamentais no Tae Kwon Do, “caminho dos pés e mãos”, além de trabalhadores obstinados, logo ganharam espaço no ramo da confecção e no comércio de produtos importados.

Alemães

Vieram com D. Leopoldina, quando ela se casou com D. Pedro I, formando a primeira colônia germânica na região fluminense.
O ano de 1828 trouxe mais 560 imigrantes, destes, pelo menos 94 famílias foram encaminhadas para a “Freguesia de Santo Amaro”. No ano de 1837 Santo Amaro era o único município a produzir batatas, cultura esta típica do imigrante alemão.

Italianos

Também aportaram no Brasil por razões históricas, com o casamento de D. Pedro II com a napolitana Tereza Cristina. Vieram para substituir a mão-de-obra escrava, que estava desaparecendo devido às leis para a abolição da escravatura.
As influências estão presentes em toda parte, na culinária, na personalidade, no vestir, na educação, nas expressões, na música, na ciência e nas artes.
As principais influências italianas são: as festas de igreja, comilança de Natal, presépios, massas como macarronada e pizzas, vinhos gaúchos, figas, capelinhas e cruzeiros à beira das estradas, procissões, ex-votos, etc..

Estadunidense


A influência estadunidense não foi espontânea como a dos povos que aqui vieram habitar, ela foi planejada e, devido à intensa propaganda através dos meios de comunicação, que atingem as mais longínquas regiões brasileiras, esta influência aparece não somente na música da juventude e no linguajar, como também na alimentação, através dos sanduíches, principalmente hambugeres e cachorros-quentes e da coca-cola. O "jeans" é atualmente usado por todas as camadas da sociedade, inclusive pelos trabalhadores rurais e habitantes das cidades do interior. 
Nenhuma outra cultura influenciou tanto a sociedade ocidental como os estadunidenses. Mudaram-se os hábitos alimentares, modo de falar e vestir, valores, grafias.

Chineses

Vindos para o Brasil, trouxeram os conhecimentos mais antigos do mundo e influenciaram o desenvolvimento da medicina e os fogos de artifício, que tão incorporados em nossa cultura, são outra contribuição da cultura chinesa.

Sírios

Os sírios influenciaram em alimentos, como o quibe, a esfiha, o tabule, iogurte, etc. assim como a esperteza no negócios.

Japoneses

Trouxeram recentemente várias contribuições, que vêm sendo introduzidas na cultura popular. Os nipônicos nos legaram o folclore das flores, dos frutos, da morte, e ainda o "suchi" e "sachimi", pratos muito apreciados hoje em dia, além das artes marciais.


Escravidão Africana


A escravidão é o grande sustentáculo do processo de colonização do continente americano, a partir do século XVI. Longe de se ater a uma forma homogênea de relação de trabalho, a escravidão foi marcada pelas mais diferentes caracterizações ao longo do período colonial. No caso da colonização lusitana, a utilização de escravos sempre foi vista como a mais viável alternativa para que os dispendiosos empreendimentos de exploração tivessem a devida funcionalidade.
Inicialmente, os portugueses almejaram utilizar da força de trabalho dos nativos para que a exploração econômica fosse concretizada. No entanto, a mão de obra indígena foi refutada mediante a dificuldade de controle sobre populações que ofereciam maior resistência e também por despertar o interesse da Igreja em utilizá-los como novos convertidos ao cristianismo católico. Ainda assim, as regiões mais pobres, em que a força de trabalho era mais escassa, os índios ainda foram utilizados como escravos.
 Para contornar a crescente demanda por força de trabalho, Portugal resolveu então investir no tráfico de escravos vindos diretamente da Costa Africana. Tal opção se tornava viável por dois motivos essenciais: o domínio que Portugal já possuía em regiões da África e as possibilidades de lucro que a venda desses escravos poderiam trazer aos cofres da Coroa Portuguesa. Além disso, havia o apoio da própria Igreja Católica que associava os africanos à prática do islamismo. Além de incentivar a exploração de uma nova atividade comercial, o tráfico negreiro ainda incentivava o desenvolvimento de outras atividades econômicas. A indústria naval crescia ao ampliar a necessidade de embarcações que pudessem fazer o transporte dos negros capturados. Ao mesmo tempo, incentivou as atividades agrícolas ao ampliar, por exemplo, as áreas de plantação do tabaco, produto agrícola usualmente utilizado como moeda de troca para obtenção dos escravos.

Escravidão Indígena

Com efetivo início da colonização do Brasil, os portugueses tinham a necessidade de empreender um modelo de exploração econômica das terras que fosse capaz de gerar lucro em pouco tempo. Para tanto, precisariam de uma ampla mão-de-obra capaz de produzir riquezas em grande quantidade e, dessa forma, garantir margens de lucro cada vez maiores para os cofres da Coroa Portuguesa. Contudo, quem poderia dispor de sua força de trabalho para tão ambicioso projeto?
Inicialmente, os portugueses pensaram em aproveitar do contato já estabelecido com os índios na atividade de extração do pau-brasil. Nesse período, os índios realizavam essa extração por meio de um trabalho esporádico recompensado pelos produtos trazidos pelos lusitanos na prática do escambo. Em contrapartida, o trabalho nas grandes propriedades

 exigia uma rotina de trabalho longa e disciplinada que ia contra os hábitos cotidianos de boa parte dos indígenas.
Além disso, as mortes causadas pelo trabalho forçado, as mortais epidemias contraídas no contato com o homem branco e ruptura com a economia de subsistência dos indígenas impedia a viabilidade desse tipo de escravidão. Ao mesmo tempo, devemos levar em conta que o controle sobre os índios escravizados era bem mais difícil tendo em vista o conhecimento que tinham do território. Dessa forma, a vigilância se tornava algo bastante complicado.
Como se não bastasse esses fatores de ordem cultural, biológica e social, a escravidão indígena também foi extensamente combatida pela Igreja no ambiente colonial. Representados pela Ordem Jesuíta, os clérigos que aportavam em terras brasileiras se envolveram em uma série de disputas em que repudiavam o interesse dos colonos em converter os índios em escravos. Tal postura se justificava no interesse que os clérigos católicos tinham em facilitar o processo de conversão religiosa dos índios.

Caramuru ( Diego Alvares Correa )




Diogo Álvares Correia, chegou ao Brasil em 1510 depois que o navio em que estava naufragou na região do Rio Vermelho, na Baía de Todos os Santos e todos os seus companheiros de viagem morreram. Foi recebido pela tribo indígena Tupinambás, de quem recebeu o apelido ‘Caramuru’ que significa moréia.
Conhecedor dos costumes locais, Caramuru foi de grande ajuda para facilitar o contato entre os índios e os primeiros colonizadores. Viveu entre os índios por alguns anos, onde gozou de uma posição respeitável.
Diogo Álvares, manteve boas relações com os corsários franceses, para quem fornecia pau-brasil, que era contrabandeada para a Europa. Algum tempo depois aliou-se aos colonizadores portugueses, tendo casado sua filha com um importante português, mantendo assim a nobreza da terra.
Caramuru, casou-se com a índia Paraguassú, que foi batizada na França, recebendo o nome Catarina Álvares Paraguassú. A índia era dona de muitas terras, fervorosa em sua fé, construiu um oratório, que depois virou uma igreja, onde foi sepultada.

Descobrimento do Brasil


Em 22 de abril de 1500  chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.
Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de
um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil 
A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária ( 200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha. 


Tecnologias usadas nas navegações Portuguesas

Astrolábio: 

É um instrumento de navegação utilizado para medir a altura dos astros e determinar a sua posição. Era formado por um disco de latão graduado na sua borda, um anel de suspensão e uma espécie de ponteiro.



Bússola:

A bússola, também com o nome de agulha marear, era um importante instrumento de navegação. Na altura em que foi inventada, era apenas uma agulha magnetizada que flutuava sobre a água, tendo uma das suas pontas viradas para o norte

Essa indicação permitia que os navegadores se orientassem em alto mar.
Há rumores que indicam que no séc. XIV, esse instrumento de navegação passou a ser utilizado com uma base de cartão, com o desenho da rosa-dos-ventos.


Balestilha:


Há quem diga que foram os portugueses que inventaram a balestilha. A origem do seu nome é balhesta, o mesmo que besta, arma medieval, devido à sua semelhança.
É constituída por uma régua de madeira (virote) com uma sessão quadrada na qual se enfia a soalha que corre perpendicularmente ao virote. A leitura do astro era feita no ponto da escala gravada. Para medir o sol, media-se de costas para o astro para não ferir a vista. 


Quadrante:

O quadrante era um instrumento muito antigo, já usado pelos navegadores portugueses, no séc. XV (ano de 1460, ano também da morte do rei Infante D. Henrique). Este instrumento permitia a determinação do lugar onde a embarcação se encontrava, e baseava-se na altura da Estrela Polar.
Este revolucionou bastante a navegação portuguesa, pois permitia saber se a embarcação se encontrava mais a norte ou a sul.


Ampulheta:



Era um instrumento de medir o tempo formado por duas ãmbulas que continham areia dentro, nas grandes navegações os grumetes as usavam para medir o tempo tendo de virá-las de meia em meia hora.



Os Canhões:


Os canhões era equipamentos obrigatório dos navios.
A pólvora foi inventada pelos chineses, e os europeus a conheciam através dos árabes  Os orientais a utilizavam para fabricar fogos de artifícios  os europeus deram a pólvora uma utilidade miliar. A pólvora estourava dentro de um tubo de metal de bronze ou de ferro e conseguiam assim, lançar uma bola de ferro pesada com grade velocidade e causando grande impacto, sendo possível com um tiro de canhão, abri um buraco em muralhas, afunda navios, matar soldados em cima de cavalos...

Os Arcabuzes: 




Eram pequenos canhões portáteis, levados na mão de um soldado e capaz de matar uma pessoa.
Na metade do seculo XIV, os canhões e arcabuzes já eram eficazes e foram um dos principais motivos para que os europeus começassem a impor sua vontade sobre ouros povos do mundo.